Salvador terá vacinação em massa contra a febre amarela

Brasil

Salvador terá vacinação em massa contra a febre amarela

29 de Março de 2017 - Aline Mendes

De imediato, foram disponibilizadas as primeiras 400 mil doses para a capital baiana

A descoberta de um macaco morto por febre amarela em Salvador levou governo do estado e prefeitura a iniciar, a partir de hoje, vacinação em massa para ao menos dois milhões de pessoas na capital. A medida será anunciada em conjunto pelos chefes da Secretária Estadual (Sesab) e municipal de Saúde (SMS), Fábio Vilas-Boas e José Antônio Rodrigues Alves, em entrevista coletiva marcada para 15h desta quarta-feira. Diante dos sinais de avanço do vírus, o subsecretário da Sesab, Roberto Badaró, já havia visitado na semana passada o Ministério da Saúde, em Brasília, e pedido apoio para iniciar, o quanto antes, um plano de cobertura vacinal contra febre amarela na cidade. De imediato, foram disponibilizadas as primeiras 400 mil doses para Salvador. Ontem, as preocupações da Sesab se confirmaram, quando testes realizados no corpo de um macaco por pesquisadores do Laboratório Central Professor Gonçalo Muniz (Lacen) identificaram a presença do vírus transmitido por mosquitos. Trata-se do terceiro animal oficialmente infectado pela doença no estado desde o registro de dezenas de casos no Espírito Santo e Minas Gerais, que fazem divisa com a Bahia. Muro de contenção Durante o anúncio do plano de urgência, Sesab e SMS vão detalhar o público-alvo da imunização contra febre amarela. Estão excluídos gestantes, recém-nascidos com até 6 meses de vida, idosos, pacientes imunodeprimidos, a exemplo de portadores de HIV e de enfermidades que debilitam o sistema imunológico, e pessoas com vacina válida, de acordo com critérios da Organização Mundial de Saúde. De acordo com informações fornecidas à Satélite por fontes do ministério em Brasília, serão enviadas em caráter emergencial outras 1,6 milhões de doses para Salvador. Técnicos do órgão estimam que o número é mais que suficiente para criar uma barreira de controle epidemiológico na capital. Com informações Correio/Satélite