Pauta Livre por Rogaciano Medeiros

Política

Pauta Livre por Rogaciano Medeiros

22 de Outubro de 2015 - Maíra Lima

Rogaciano Medeiros é jornalista e graduando em Ciência Política pela UFBA.

PRISÃO Para o ex-presidente da OAB-RJ e deputado federal Wadhi Damous, “é engraçado a presidenta Dilma Rousseff ser julgada por um presidente da Câmara Federal que tem contas na Suiça, que mente na CPI e, em breve, será encarcerado”. Ele diz que as novas revelações da movimentação financeira de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Suiça, que chegam a meio bilhão de reais, “não há como escapar”. DIÁRIOS No livro que lança na quinta-feira da próxima semana, com o sugestivo título Diários da Presidência, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) relata uma conversa ocorrida em 1996 com o então presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch, que classificou a Petrobrás de “escândalo”. INTERVENÇÃO Outro detalhe sobre os escândalos que já ocorriam na Petrobrás desde meados da década de 90, relatado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no livro que lança semana passada, com o título Diários da Presidência. Conta que a situação era tão grave que chegou a pensar em intervenção na empresa, mas temeu os desdobramentos. Foi na mesma época quando o jornalista Paulo Francis afirmou que na Petrobrás só tinha ladrão, acabou processado nos Estados Unidos, não teve como provar, foi condenado a pagar uma multa milionária e terminou morrendo. RAPIDEZ As informações são de que, esta semana, no mais tardar na outra, o Supremo Tribunal Federal decide sobre as liminares dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber mais o recurso do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para ter o direito de tocar o processo de impeachment. E a tendência é grande por uma decisão que não abra qualquer brecha para uma ruptura institucional. O entendimento do STF é de que quanto mais cedo decidir, mas rápido para a superação da crise. TEMPO A decisão do PMDB de transferir para o próximo ano a deliberação sobre a continuidade do apoio ao governo é um movimento que beneficia a presidenta Dilma Rousseff. Ela ganha tempo para recompor a base aliada e recuperar a economia, requisitos indispensáveis para retomar um nível satisfatório de aprovação pela sociedade.